Grupos políticos rivais entram em confronto no Sri Lanka

Candidato derrotado da oposição, Sarath Fonseka, foi preso sem qualquer acusação formal do governo

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Por Agência Estado
Atualização:

Oposicionistas atiram pedras nas ruas de Colombo. Dinuka Liyanawatte/Reuters

 

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COLOMBO - Partidários do governo do Sri Lanka jogaram pedras em milhares de ativistas da oposição nesta quarta-feira, 10, enquanto a polícia lançava água e gás lacrimogêneo para conter a multidão. Os oposicionistas protestavam na capital, Colombo, contra a prisão do derrotado candidato presidencial Sarath Fonseka.

 

O confronto foi o primeiro no que promete ser um período tenso no país, antes de eleições parlamentares em 8 de abril. Em 26 de janeiro, o país realizou eleições presidenciais, nas quais o presidente Mahinda Rajapaksa garantiu uma vitória folgada sobre o ex-chefe do Exército Fonseka.

 

Os confrontos começaram na parte de fora da Suprema Corte, onde partidários da oposição se reuniram para protestar contra a prisão de Fonseka. O general foi levado pela polícia militar, na segunda-feira, acusado de sedição.

 

O advogado do militar, Wijeyadasa Rajapakshe, disse nesta quarta-feira que foi apresentada uma apelação na Suprema Corte pedindo a libertação de Fonseka. Rajapakshe disse que a detenção foi ilegal e o general não foi formalmente acusado.

 

A oposição avaliou a detenção como um ato intimidatório, antes das eleições parlamentares de abril. Enquanto os partidários da situação lançavam pedras nos oposicionistas, a polícia não interveio. Quando os partidários da oposição reagiram, porém, os policiais começaram a lançar gás lacrimogêneo neles.

 

Testemunhas disseram ter visto alguns oposicionistas sangrando. Um funcionário de um hospital, Pushpa Soyza, disse que havia três civis e dois policiais sendo tratados com ferimentos leves.

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Antes aliados, Fonseka e Rajapaksa foram ambos considerados heróis da vitória da maioria cingalesa no Sri Lanka sobre os rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE). O LTTE lutava por um território independente para a minoria tâmil, mas foi derrotado em maio passado.

 

Os oposicionistas prometeram uma série de protestos pelo país por causa da prisão de Fonseka. A coalizão de Rajapaksa tenta assegurar uma maioria de dois terços no Parlamento, garantindo controle quase total sobre a nação insular ao sul da Índia. As informações são da Associated Press.

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