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Grupos rivais na Líbia concordam em negociar, diz ONU

A Líbia, que se tornou profundamente polarizada, sofre com a falta de leis e a pior sequência de atos violentos desde a derrubada do ditador Muamar Kadafi

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Por Redação
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Semanas de conflitos entre milícias rivais forçaram quase 250 mil pessoas a deixarem suas casas Foto: MAHMUD TURKIA/AFP

Os grupos de militantes rivais na Líbia concordaram em dar início a negociações no final deste mês, o que representaria o primeiro diálogo deste tipo desde o começo do surto de violência recente que deixou o país divido entre dois parlamentos e dois governos, afirmou uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU).

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A Líbia, que se tornou profundamente polarizada, sofre com a falta de leis e a pior sequência de atos violentos desde a derrubada do ditador Muamar Kadafi, em 2011. Semanas de conflitos entre milícias rivais forçaram quase 250 mil pessoas a deixarem suas casas.

A violência, que teve início em julho, também forçou a câmara de representantes eleitos da Líbia a se reunir na cidade de Tobruk, no leste, após militantes islâmicos tomarem o controle da capital, Tripoli, e da segunda maior cidade do país, Benghazi. Os grupos, enquanto isso, formaram seu próprio governo e ressuscitaram o Parlamento.

Em depoimento no domingo, a Missão de Suporte das Nações Unidas na Líbia informou que os grupos rebeldes concordaram em dar início a negociações no dia 29 de setembro. Um comitê de coalizão entre a Líbia e a ONU ficaria responsável por supervisionar um possível futuro cessar-fogo. A declaração pede que os militantes rivais concordem com a retirada de combatentes das maiores cidades, aeroportos e instalações.

O texto também insinuou que haveria uma possibilidade de as milícias islâmicas com controle sobre Tripoli concordarem em reconhecer o Parlamento eleito de Tobruk. Segundo o depoimento, as negociações seriam baseadas na "legitimidade das instituições eleitas" e definiriam um local e uma data para a "cerimônia de entrega de poder" do Parlamento anterior para o eleito neste ano. Fonte: Associated Press.

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