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Morre militar acusado de planejar golpe contra Maduro; Guaidó denuncia tortura na prisão

Advogada que divulgou a informação da morte disse que o militar apresentava 'graves sinais' de tortura quando compareceu a uma audiência na Justiça

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O regime de Nicolás Maduro confirmou neste sábado, 29, a morte do militar Rafael Acosta Arévalo, que estava detido e sob custódia por causa de seu suposto envolvimento em um golpe de estado. Líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó denunciou que Arévalo foi vítima de tortura na prisão em que era mantido por homens a serviço de Maduro.

Arévalo foi detido no dia 21 de junho por funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar Foto: Yuri Cortez / AFP

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Segundo um comunicado oficial, Maduro pediu ao titular do Ministério Público, Tareq Saab, "uma completa e exaustiva investigação que esclareça esta morte", que classificou como "lamentável". "Esperamos que a atuação rápida do Ministério Público proporcione resposta rápida ao pedido feito pelo presidente (...) em prol de preservar a paz e o bom desenvolvimento da justiça", diz o texto.

Na última quarta-feira, 26, o regime chavista afirmou ter desarticulado um golpe de estado que ocorreria no início da semana. Os planos incluíam o assassinato dos principais líderes do governo, entre eles o próprio Maduro. No dia seguinte, o procurador-geral da Venezuela informou que Arévalo fazia parte da conspiração e que seria julgado junto com outros 13 civis e militares. 

Mais cedo, o líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, denunciou a morte de Arévalo. "Não há palavras para descrever este abominável fato. Estabelecemos contato imediato com a família e com a comissão da ONU na Venezuela", disse o também presidente do parlamento em mensagem divulgada no Twitter.

Simultaneamente à divulgação do comunicado do governo de Maduro, Guaidó reiterou sua condenação e pediu novamente aos militares para desconhecer o líder chavista. 

A advogada Tamara Suju, primeira a divulgar a informação da morte de Arévalo, disse que o militar apresentava "graves sinais" de tortura quando compareceu a uma audiência na Justiça. Segundo ela, ele não conseguia falar e ficar de pé. "O juiz ordenou que ele fosse levado ao hospital militar, mas ele acabou morrendo hoje. Maduro é responsável", disse a advogada.

De acordo com informações da imprensa venezuelana, Arévalo foi detido no dia 21 de junho por funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar, sem que fossem explicados imediatamente os motivos da ação. / EFE

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