O líder opositor e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse no Twitter que se reunirá nesta terça-feira, 5, com funcionários públicos do país. Ele retornou na segunda-feira ao território venezuelano e, em seu primeiro discurso após a volta, convocou uma reunião com sindicatos e um novo protesto nacional para o sábado 9 com o objetivo de ampliar a pressão ao regime chavista.
“Vamos dar os primeiros passos para recuperar nossa burocracia e seguir construindo as capacidades dentro e fora do nosso país que nos levem ao fim da usurpação, ao governo de transição e a eleições livres”, afirmou Guaidó na rede social.
Após chegar em um voo comercial, o líder opositor desembarcou no aeroporto internacional de Maiquetía, em um sinal de determinação de Guaidó e uma aparente concessão de Nicolás Maduro, já que seria impossível um fugitivo da Justiça - como o opositor é considerado - passar pelo controle migratório sem o conhecimento do presidente.
No aeroporto, Guaidó - reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, entre eles Brasil e EUA - foi recebido por embaixadores de países europeus e do Chile. Em seguida, seguiu para uma praça no centro de Caracas. “Não vão nos deter com ameaças. Aqui estamos mais fortes e unidos do que nunca”, disse em seu discurso ao regressar, aclamado por centenas de partidários vestidos de branco e com bandeiras da Venezuela.
Ex-prefeito de Caracas
Também nesta manhã, o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, falou no Twitter sobre a cobertura midiática mundial da volta de Guaidó à Venezuela e publicou uma montagem com capas de jornais que ilustram a notícia.
“E seguimos sendo notícia de primeira página no mundo”, disse Ledezma, acrescentando que dentro de alguns dias as manchetes falarão sobre o fim do governo Maduro.
Ledezma fugiu da Venezuela e está exilado na Espanha desde 2017 depois de passar quase dois anos em prisão domiciliar sob alegação de tentar organizar um golpe contra o presidente venezuelano.