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Guatemaltecos se preparam para eleger presidente

Por Agencia Estado
Atualização:

Os guatemaltecos se preparam para escolher no domingo o segundo presidente eleito livremente desde o final da guerra civil que durou 36 anos e buscam, com isso, consolidar sua frágil democracia. Mais de cinco milhões de guatemalteco registrados para votar elegerão o presidente, 158 deputados para o Congresso nacional, 33 prefeitos e seus vereadores e 20 deputados para o Parlamento Centro-americano. Esta será a quinta eleição desde que o retorno dos governos civis em 1986 pôs fim a uma série de ditaduras militares de direita que travaram uma sangrenta guerra contra rebeldes de esquerda. Mais de 200.000 pessoas, em sua maioria camponeses maias, morreram ou desapareceram durante o conflito, um dos mais longos na história da América Latina. Onze partidos participam da disputa eleitoral, mas apenas três aparecem com possibilidades, entre eles a Grande Aliança nacional (GANA), liderado pelo empresário e advogado Oscar Berger. Berger, de 57 anos e candidato pela segunda vez, se situa como líder nas pesquisas eleitorais, com 30,9% da intenção de voto, mas abaixo dos 39,4% de preferência da primeira sondagem, realizada em maio último. Seu mais próximo adversário é Alvaro Colom, que assim como Berger saiu perdedor das eleições passada, quando encabeçou uma aliança de esquerda que incluía a ex-guerrilha da Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG). Colom, de 52 anos, hoje candidato pela opositora Unidade Nacional da Esperança, aparece com 27,4% da intenção de voto, superando os 21,3% obtidos na pesquisa anterior. A Frente Republicana Guatemalteca (FRG), que pretende continuar no poder, tem como candidato p polêmico ex-presidente de fato Efraín Ríos Montt, que dirigiu uma das ditaduras militares mais sangrentas na história do país. Ríos Montt aparece em terceiro lugar, com 11,3%. Durante a ditadura de Río Montt, entre 1982 e 1983, as forças armadas guatemaltecas perpetraram uma política de "terra arrasada" contra comunidades indígenas que levou a mais de 300 massacres. Se nenhum candidato conseguir a metade mais um dos votos válidos, os dois candidatos mais votados disputarão um segundo turno em 28 de dezembro para decidir o novo presidente da Guatemala, que assumirá em 14 de janeiro de 2004.

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