Guerra do Iraque tirou a vida de 32 jornalistas em 2006

Estudo diz que os atentados contra profissionais de imprensa foram intencionais

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Guerra do Iraque tirou a vida de 32 jornalistas até agora este ano, segundo o relatório anual do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que assinala que o ano passado foi o mais mortífero em um único país registrado pelo centro. O estudo divulgado nesta quarta-feira destaca que na maioria dos casos, como no do jornalista Atwar Bahjat, um dos repórteres televisivos mais conhecidos do mundo árabe, os insurgentes atentaram intencionalmente contra os profissionais de imprensa. No total, o centro com sede em Nova York calcula que 55 jornalistas foram assassinados no mundo todo como resultado de seu trabalho em 2006. O CPJ investiga, além disso, outras 27 mortes para ver se estiveram relacionadas com o trabalho jornalístico realizado pelas vítimas. Os números de assassinatos no mundo superam as registradas em 2005, quando morreram 47 jornalistas no desempenho de seu trabalho. O centro fundado em 1981 compila e analisa as mortes de jornalistas todos os anos e indica em seu relatório anual que além disso do Iraque, Afeganistão e Filipinas encabeçam a lista de países mais perigosos para os profissionais da informação. Outros países de alto risco são Rússia, México, Paquistão e Colômbia, segundo o CPJ. A análise insiste que o Iraque é de longe o lugar mais arriscado pelo quarto ano consecutivo. Com as mortes deste ano já são 92 os jornalistas mortos no país árabe desde o começo da invasão pelos EUA em março de 2003.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.