Seis dias parece pouco para definir tanta coisa por tanto tempo. Mas foi o que ocorreu. No primeiro dia, Israel destruiu os aviões do Egito. No segundo, tomou a Faixa de Gaza e parte da Cisjordânia. No terceiro, entrou na Cidade Velha de Jerusalém. No quarto, concluiu a conquista do Sinai. No quinto, colocou os olhos na Síria. No sexto, ocupou as Colinas do Golan. No sétimo, seus soldados descansaram. Um cessar-fogo saiu do papel e o mapa do Oriente Médio havia sido redesenhado.
A guerra começa com um ataque preventivo de Israel ao Egito, que havia expulsado as forças de paz da ONU da Faixa de Gaza, do Sinai e fechado o Estreito de Tiran aos navios israelenses. Rapidamente, o conflito se espalhou e os vizinhos árabes atacaram: Jordânia, Iraque, Síria.
Seis dias depois, os israelenses controlavam um território três vezes maior do que tinham quando a ONU rabiscou os contornos do Estado judeu pela primeira vez. "A Guerra dos Seis Dias foi uma das maiores vitórias da história de Israel", definiu recentemente o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.
A guerra serviu para acabar com a percepção de que Israel poderia ser varrido do mapa. A partir de então, muitos líderes árabes amenizaram a retórica.
O país que antes deveria desaparecer do mapa, agora tinha de aceitar as fronteiras anteriores a 1967. O cessar-fogo, no entanto, não foi garantia de paz. Em 1973, a região passaria por outra guerra, a do Yom Kipur, determinante para a assinatura dos acordos de Camp David.