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Guerra é contra o islamismo, diz Bin Laden

Jornal transcreve mais trechos da fita de áudio que supostamente traz a voz do terrorista

Por Agencia Estado
Atualização:

No que pode ser a mais recente prova de que Osama bin Laden, líder da rede extremista Al-Qaeda, está vivo, uma voz atribuída a ele por um site árabe na Internet exorta novamente o mundo islâmico a participar de uma "guerra santa contra os Estados Unidos, que querem atacar uma nação do Islã" - o Iraque. A guerra santa "é o único caminho para impor os direitos do Islã", assegura o suposto Bin Laden, ameaçando atacar mais alvos norte-americanos. "Os povos muçulmanos são chamados a lutar por Deus contra a cruzada sionista que pretende invadir uma nação islâmica. A única forma de assestar um golpe decisivo no inimigo é por meio da luta e da aniquilação." Segundo a página, a gravação foi feita por ocasião da comemoração muçulmana do Eid al-Adha (Festa do Sacrifício, encerrada na semana passada). "O objetivo desta campanha de cruzadas é preparar o ambiente para o estabelecimento da chamada Grande Israel", que incluiria parte de Iraque, Egito, Síria, Jordânia e Arábia Saudita, prossegue a gravação. Se sua autenticidade for comprovada, esta seria a prova mais recente de que Bin Laden escapou ileso da campanha militar liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão. Sem revelar o endereço da página na Internet, o jornal árabe Al-Hayat, editado em Londres, publicou trechos da mensagem. "É dever supremo lutar contra o inimigo que sabota o mundo. A guerra santa é hoje uma necessidade para os muçulmanos, que devem dar a vida em defesa da verdade", insiste o suposto líder extremista. Em outro trecho, ele acusa os Estados Unidos planejarem invadir outros países árabes depois de tomarem o Iraque pelas armas. "Os militantes islâmicos devem abandonar seu temor e enfrentar os norte-americanos." O jornal informou que a gravação tem 53 minutos, destacando, sem entrar em detalhes, que a página árabe na internet é vinculada à Al-Qaeda. Em Londres, a polícia britânica revelou que a rede Al-Qaeda possui uma presença "substancial" dentro da Grã-Bretanha. No entanto, sir John Stevens, chefe da Polícia Metropolitana de Londres, comentou ser difícil dizer com exatidão quantas células da Al-Qaeda estão ativas no país. Ainda neste domingo, um homem venezuelano de 37 anos preso na quinta-feira com supostas granadas em sua bagagem no Aeroporto de Gatwick foi indiciado com base na Lei Antiterrorismo da Grã-Bretanha.

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