Guerra na Chechênia despreza direitos humanos

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Por Agencia Estado
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Na Chechênia, civis desaparecem quase diariamente, levados por soldados russos, e os corpos com marcas de tortura são desovados depois, dizem grupos de defesa dos direitos humanos. O conflito que serve de pano de fundo para o massacre de Beslan e outras atrocidades atribuídas aos separatistas chechenos é marcado por abusos classificados como crimes de guerra pela Anistia Internacional. Soldados russos que torturam, estupram e matam detentos na Chechênia raramente são investigados ou punidos, o que cria uma atmosfera de ausência de lei e autoridade, dizem a Anistia e a Human Rights Watch. Os anos de guerra na Chechênia - primeiro de 1994 a 1996, e depois a partir de 1999 - estão cheios de atrocidades cometidas por ambos os lados. O conflito chamou a atenção do mundo semana passada, quando terroristas exigindo que tropas russas deixem a Chechênia ocuparam uma escola na cidade de Beslan, impasse que terminou com mais de 300 mortos, na maioria crianças. A tragédia de Beslan eleva o número de mortos em atentados aparentemente relacionados à situação chechena e cometidos em menos de duas semanas a cerca de 450. Dois aviões de passageiros russos foram derrubados em 25 de agosto, matando 90 pessoas, e um ataque suicida do lado de fora do metrô de Moscou, no dia 31, matou Amis 10 pessoas.

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