
27 de setembro de 2007 | 06h29
A União Nacional Karen (KNU, sigla em inglês), um dos principais grupos insurgentes étnicos de Mianmá, anunciou nesta quinta-feira, 27, que apoiará o levante dos monges budistas e aconselhou as outras guerrilhas a unirem suas forças para acabar com a Junta Militar. A polícia invadiu vários mosteiros nesta madrugada, prendendo centenas de monges. Pelo menos uma pessoa morreu e sete ficaram feridas. Veja também Entenda a crise e o protesto dos monges Austrália adota sanções financeiras contra Junta de Mianmá Centenas de pessoas protestam junto a mosteiro de Rangun Mulher e filha de chefe da Junta Militar deixam Mianmá Hill defende conversa entre China e EUA sobre Mianmá Polícia ataca mosteiros em Rangun; um morto e sete feridos População apóia protesto dos monges em Mianmá A organização afirmou, em comunicado, que "a violência está alimentando o movimento dos religiosos e do povo", e que, se insistir na repressão aos protestos, "a ditadura militar deverá sofrer todas as conseqüências". Guerrilha de maior capacidade militar do leste do país, a UNK conta com cerca de 5 mil combatentes. A tribo karen tem aproximadamente 7 milhões de pessoas. Alguns dos maiores grupos étnicos insurgentes de Mianmá anunciaram na quarta-feira que se reunirão esta semana para buscar fórmulas de apoio à rebelião pacífica dos monges, dos estudantes e da Liga Nacional para a Democracia. Vários grupos têm acordos de paz com o governo, mas outros mantêm a luta armada iniciada há quatro décadas contra a Junta Militar. Bangcoc Cerca de 100 pessoas se manifestaram nesta quinta em frente à Embaixada de Mianmá em Bangcoc para condenar a repressão violenta das manifestações pacíficas em Rangun e pedir a libertação da líder do movimento democrático birmanês, Aung San Suu Kyi. Os manifestantes divulgaram um comunicado exigindo a democratização de Mianmá, além do respeito à liberdade de expressão e aos direitos humanos.
Encontrou algum erro? Entre em contato