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Guerrilha tâmil restringe fornecimento de água a civis

Bloqueio iniciado na semana passada atinge as famílias cingalesas no território controlado pelo governo

Por Agencia Estado
Atualização:

A guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) reforçou nesta quinta-feira o bloqueio do fornecimento de água à população de etnia cingalesa depois de a região sob seu controle ser bombardeada pelo Exército do Sri Lanka, nessa quarta-feira à noite, informou a imprensa local. O ataque aéreo de surpresa no distrito de Triconmalee provocou o endurecimento do bloqueio de água, iniciado na semana passada pela guerrilha. A água não está chegando às famílias cingalesas no território controlado pelo governo. "O governo do Sri Lanka está buscando de novo uma solução militar e voltou a bombardear nosso território", disse à rede de rádio Sri FM o líder dos LTTE em Triconmalee, Elilan, que prometeu "manter o bloqueio". Segundo a guerrilha, dois civis morreram e duas casas foram destruídas no ataque aéreo do Exército cingalês, que lançou bombas sobre a região de Verugal Aru, onde os rebeldes tinham bloqueado uma pequena represa que fornecia água aos territórios próximos controlados pelo governo. Milhares de civis de etnia cingalesa, majoritária no país, estão há uma semana sem água devido ao bloqueio da represa. A guerrilha se nega a liberar o fornecimento enquanto o governo não cumprir a sua promessa de construir torres hidráulicas que garantam a água para a população tâmil. "Só atacamos alvos dos LTTE para ajudar as tropas terrestres a acompanhar os engenheiros hidráulicos e reabrir a represa que foi fechada pelos rebeldes", disse o porta-voz do governo, Keheliya Rambukwella, após o ataque. Segundo Rambukwella, os ataques seguiram motivos "exclusivamente humanitários", para neutralizar as forças que impediam o fornecimento de água à população civil. "A guerrilha violou todas as normas de comportamento civilizado e a legislação internacional, bloqueando o fornecimento de água à população civil", afirmou o porta-voz.

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