Guiné-Bissau marca eleições presidenciais para junho

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Por AE-AP
Atualização:

Partidos políticos de Guiné-Bissau concordaram hoje em realizar eleições presidenciais no dia 28 de junho. O presidente João Bernardo "Nino" Vieira foi morto a tiros no dia 1º de março, horas depois de seu antigo rival, o chefe das forças armadas, ter sido assassinado por uma bomba. O prazo de 120 dias para realizar o pleito após a morte do presidente é o dobro do tempo estabelecido pela Constituição no caso da substituição do chefe de Estado. Depois da reunião de seis horas com os líderes dos principais partidos políticos, o primeiro-ministro Carlos Gomes Jr. anunciou que os partidos haviam chegado a um consenso para a data da eleição. Líderes políticos decidiram estender o prazo para que os US$ 4,6 milhões necessários para organizar a eleição sejam levantados. Gomes havia dito previamente que o tempo extra era necessário para criar estabilidade política. Ex-colônia portuguesa, a Guiné-Bissau tem uma longa história de instabilidade com numerosos golpes e tentativas de golpe, a maioria deles liderados pelo Exército. Analistas foram surpreendidos com o fato de o Exército não ter tomado o poder após os recentes assassinatos. Em vez disso, o chefe do Parlamento foi empossado como presidente interino, como manda a Constituição, aumentando das expectativas de que a tragédia possa levar a uma transferência de poder pacífica e democrática.

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