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Venezuelanos da cidade de Maracaibo protestam contra cortes de energia elétrica

Governo do Estado de Zulia havia anunciado que região estava fora do plano de apagões prolongados, mas moradores afirmaram nas redes sociais que a área sofreu com a falta de luz por várias horas

Atualização:

CARACAS - Habitantes de Maracaibo, segunda maior cidade da Venezuela e capital do Estado de Zulia, protestaram na segunda-feira à noite contra os cortes de energia elétrica, ao mesmo tempo em que as autoridades locais pediram calma.

O secretário de Segurança e Ordem Pública do governo de Zulia, Biagio Parisi, informou que foram registrados 12 focos de protestos. Em alguns deles, os moradores espalharam lixo e impediram a passagem do trânsito.

Governo do Estado de Zulia havia anunciado que a região estava fora do plano de apagões prolongados, mas moradores afirmaram nas redes sociais que a área sofreu com a falta de luz por várias horas Foto: AFP PHOTO / JUAN BARRETO

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Na segunda-feira teve início um plano de racionamento de energia elétrica em vários Estados em consequência da prolongada seca provocada pelo fenômeno El Niño, que deixa a principal central hidrelétrica do país em níveis mínimos históricos.

"Faço um apelo de calma e tranquilidade", escreveu Parisi em sua conta do Twitter.

Apesar do governador de Zulia, Francisco Arias Cárdenas, ter anunciado que o Estado estava fora do plano de apagões programados, assim como Caracas e o Estado de Vargas, moradores afirmaram no Twitter que em Maracaibo o corte de energia elétrica durou várias horas.

Também circularam nas redes sociais fotografias de policiais militares posicionados diante de barricadas em chamas.

Parisi afirmou que as autoridades suspeitam de protestos orquestrados e fez referência às manifestações contrárias ao governo em 2014, que terminaram com 43 mortos e mais de 800 feridos.

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O líder opositor Leopoldo López foi condenado a quase 14 anos de prisão pela acusação de estimular a violência nos protestos, ao pedir a saída do presidente Nicolás Maduro.

Os apagões são parte de um plano de economia de energia adotado pelo governo há dois meses, que implicou a redução da jornada de trabalho do setor público em 40% e várias folgas.

A partir de 1 de maio, os relógios serão adiantados em 30 minutos, retornando ao fuso horário de quatro horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich para aproveitar mais a luz do dia. /AFP

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