PUBLICIDADE

Hackers pró-WikiLeaks atacam site do governo sueco

Página 'ficou fora do ar por algumas horas'; Suécia acusa Assange de crimes sexuais

Atualização:

ESTOCOLMO - Saiu do ar nas primeiras horas desta quinta-feira, 9, o site do governo sueco, em mais um capítulo dos episódios de ataques de hackers pró-WikiLeaks. Organizações ligadas ao site que divulga informações secretas de governos e empresas continuam a realizar ações na internet, após vários ataques a empresas no dia anterior.

 

Veja também:especialEspecial: Por dentro do WikiLeaksblog Radar Global: principais vazamentos do 'cablegate'lista Veja tudo o que foi publicado sobre o assunto

 

PUBLICIDADE

O site do governo sueco esteve "fora do ar por algumas horas", disse uma pessoa familiarizada com o assunto. Funcionários do governo não quiseram comentar o problema.

 

Joakim von Braun, consultor em segurança da tecnologia da informação sueco, criticou a falta de informações do governo sobre o assunto e também disse que era preciso um preparo maior para lidar com os ataques. "O governo deve ser capaz de dar informações nesse tipo de situação. Os cidadãos suecos têm o direito de saber", afirmou.

 

Os partidários do WikiLeaks começaram a fazer ataques virtuais na tarde de terça-feira, quando o site da promotoria sueca foi alvo de intenso tráfego virtual. O ataque derrubou o site durante a noite e o deixou instável na manhã seguinte.

 

Autoridades da Suécia emitiram um mandado de prisão contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange. Ele se entregou e está detido em Londres, acusado de crimes sexuais. Assange afirma ser inocente e vê motivações políticas no processo.

 

Os ataques de hackers também tiveram como alvos companhias de cartões de crédito, entre elas a MasterCard e a Visa. Recentemente, essas empresas anunciaram que suspenderiam os pagamentos para o WikiLeaks, retirando algumas das poucas fontes de renda da organização.

Publicidade

 

Saiba mais:linkParceira do WikiLeaks quer processar Visa e MasterCard

 

O WikiLeaks começou na semana passada a divulgar cerca de 250 mil documentos secretos diplomáticos dos Estados Unidos. Desde então, o site mudou para um endereço suíço, após um provedor norte-americano encerrar seu contrato com o WikiLeaks, argumentando que o site ameaçava a operação de sua rede. A empresa de pagamentos online PayPal também rompeu suas relações comerciais com o site. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.