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Hamas acusa árabes de participarem de bloqueio contra seu Governo

A acusação foi feita por Moussa Abu Marzuk, membro do escritório político do Hamas

Por Agencia Estado
Atualização:

O grupo palestino Hamas acusou alguns países árabes, sem citar quais, de participar do bloqueio promovido por Israel e Estados Unidos contra o Governo liderado pelo movimento islâmico. A acusação foi feita por Moussa Abu Marzuk, membro do escritório político do Hamas, em entrevista publicada neste domingo pelo jornal independente egípcio "Al-Masri Al-Youm". "Existem mãos árabes participando com americanos e israelenses do bloqueio ao povo palestino. O objetivo do bloqueio é derrubar o Governo do Hamas", disse Abu Marzuk, número dois do escritório político do grupo, em Damasco. Embora o líder palestino não tenha citado os países aos quais acusou, possivelmente ele se referia a Egito, Jordânia e Arábia Saudita, cujos dirigentes se negaram a negociar com o Hamas até que a organização palestina aceite as condições impostas pela comunidade internacional. Entre essas exigências, está a de que o Hamas reconheça o Estado de Israel, respeite os acordos anteriores assinados entre Tel Aviv e a Autoridade Nacional Palestina e rejeite o uso da violência. "Se os (países) árabes querem que o cerco contra os palestinos seja suspenso, podem fazê-lo, especialmente porque este bloqueio é ilegal e ilegítimo", acrescentou Abu Marzuk. O dirigente palestino acrescentou que "se os Governos árabes pedem aos bancos que têm operando nos territórios palestinos que continuem com suas tarefas, esses bancos o farão". Abu Marzuk reiterou que sua organização não reconhecerá o Estado judeu e que não libertará o soldado israelense Yilad Shalit, capturado há três meses, em troca da permissão para que Khaled Mashaal, número um do escritório político, retorne a Gaza. "O retorno de Mashaal a Gaza não é uma prioridade para o Hamas. O que o Hamas quer é a paz, mas não a colocada Israel", acrescentou.

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