O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) ameaça atacar alvos israelenses como colégios, instituições e centrais elétricas dentro de Israel se o país não suspender a operação militar lançada em Gaza para libertar o soldado Gilad Shalit, seqüestrado há uma semana. "Se os israelenses continuarem com este tipo de ataque, atacaremos alvos na Ocupação Sionista (Israel) que não atacamos até agora", afirmou Abu Ubaida, porta-voz do braço armado do Hamas, as Brigadas de Izz al-Din al-Qassam. Ubaida se referia aos bombardeios aéreos e terrestres lançados nos últimos cinco dias dentro da operação "Chuvas de Verão", destinada a conseguir a libertação do soldado, capturado no domingo passado por milicianos e levado para Gaza. "Se a ocupação continuar com suas agressões e o terrorismo contra nosso povo, levará toda a região a um mar de sangue e as conseqüências serão terríveis. Temos ainda muitas opções", acrescentou. O braço armado do grupo islâmico acusou Israel de "ter iniciado uma guerra suja" e de "insistir em continuar sua brutal e bárbara ofensiva sem conhecer o destino do soldado seqüestrado". O comunicado também condenou o "silêncio dos países árabes diante das agressões israelenses".