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Hamas critica proposta de ampliar cessar-fogo com Israel

Militantes da facção não aceitam proposta que afeta também a Cisjordânia, feita por primeiro-ministro, Mahmoud Abbas, enquanto Israel não atender às exigências

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma proposta feita pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, de ampliar o atual cessar-fogo selado com Israel foi criticada na sexta-feira por militantes do Hamas, segundo os quais o Estado judaico precisa antes atender às demandas deles. Mushir al-Masri, um importante parlamentar do Hamas, disse que o grupo e outras facções militantes não aceitavam a proposta de expandir a trégua firmada na Faixa de Gaza a fim de que abarcasse também a Cisjordânia ocupada. Tal manobra só seria realizada, afirmou Masri, se Israel primeiro suspender suas operações militares e paralisar as obras de escavação realizadas perto do lugar mais sagrado do Islã em Jerusalém. Abbas pretendia levantar a idéia da ampliação do cessar-fogo em uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, no domingo. Para os palestinos, a proposta seria uma forma de minar a oposição de Israel ao governo de unidade nacional que vem sendo formado pelo Hamas e pela facção Fatah, ligada a Abbas. Autoridades israelenses disseram que só avaliariam a proposta de ampliação do cessar-fogo caso a trégua vigente na Faixa de Gaza pare de ser violada. Grupos militantes continuam disparando foguetes contra Israel. Masri afirmou que as negociações sobre a ampliação do cessar-fogo só aconteceriam se Israel suspendesse as escavações realizadas perto das mesquitas do Domo da Pedra e de al-Aqsa, na parte velha de Jerusalém.

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