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Hamas e Fatah perto de acordo para mudar governo palestino

Novo governo seria presidido pelo milionário cisjordaniano Munib Al-Masri

Por Agencia Estado
Atualização:

O Movimento Islâmico Hamas e o partido nacionalista Fatah, principais forças políticas na Cisjordânia e Gaza, estão perto de um acordo que põe fim ao governo de Ismail Haniye, informou neste Sábado a rádio pública de Israel, citando fontes palestinas. Haniye, que tomou posse em março, seria substituído por um governo de tecnocratas independentes presidido pelo milionário cisjordaniano Munib Al-Masri. O objetivo é romper o cerco financeiro à Autoridade Nacional Palestina (ANP). Uma fonte não identificada disse à emissora que o acordo pode ser concretizado num prazo de 24 a 48 horas. Mas um porta-voz do Fatah comentou que o diretor político do Hamas, Haled Mashal, exilado na Síria, está criando dificuldades. Uma fonte do Hamas disse que, se o boicote internacional atual durar mais dois meses, o Governo de Haniye cairia "de qualquer jeito". A Comissária para Relações Exteriores da União Européia (UE), Benita Ferrero Waldner, apresentará na próxima segunda-feira, em Jerusalém e Ramallah, um novo mecanismo de ajuda para superar a crise. O projeto passa ao largo do governo do Hamas, provavelmente por meio de um organismo internacional. O mecanismo conta, em princípio, com o apoio da União Européia, Estados Unidos, Rússia e ONU, integrantes do Quarteto de Madri a coalizão internacional para a paz no Oriente Médio. A UE, disse Ferrero Waldner, oferecerá uma contribuição de 100 milhões de euros a partir de julho, após quatro meses sem fazer transferências à ANP. Para os EUA e a UE, o Hamas é uma organização terrorista. Os dois deixaram de enviar ajudas mensais à ANP, o que impede o pagamento de salários a seus 160 mil funcionários públicos, inclusive os de segurança. O suposto acordo em gestação entre Hamas e Fatah seria uma iniciativa egípcia.

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