Hamas exige compensação para libertar soldado israelense

Segundo o jornal Yediot Aharonot, o soldado está em um bunker sob a terra

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal árabe internacional Al-Hayat, Moussa Abu Marzuk, um dos principais líderes do Hamas, disse considerar impossível a libertação do soldado seqüestrado Guilad Shalit sem que Israel "pague algum preço". Abu Marzuk, assessor do chefe do Escritório Político do Hamas, Khaled Mashaal, radicado em Damasco, argumentou que "é impossível libertar o soldado sem nada em troca". Trata-se de clara resposta dos líderes do Hamas à posição assumida por Israel de não querer negociar. Guilad Shalit foi capturado em 25 de junho por comandos palestinos. Os seqüestradores exigem a libertação de 1.300 prisioneiros palestinos em troca do soldado. Segundo a edição de quarta-feira do jornal israelense Yediot Aharonot, o soldado se encontra em um bunker sob a terra. De acordo com o jornal, que cita fontes árabes, Shalit está no refúgio junto com sete palestinos com idades entre 20 e 30 anos. O esconderijo foi preparado previamente para o seqüestro e está repleto de comida, bebidas e remédios, acrescenta o diário. Os seqüestradores desligaram os telefones e se encontram, assim como o refém, desconectados do mundo. "Segundo fontes árabes, ninguém informou sobre movimentos suspeitos na área do esconderijo. Ninguém viu veículos ou pessoas saindo de debaixo da terra na escuridão. Ninguém também verificou a visita de um médico palestino a Shalit", assinala o jornal.

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