Hamas, Jihad e Fatah aceitam trégua de três meses

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Por Agencia Estado
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Num passo adiante para a implementação de um plano de paz apoiado pelos EUA, três importantes grupos palestinos chegaram nesta quarta-feira a um acordo de trégua segundo o qual estão suspensos ataques contra alvos israelenses durante os próximos três meses, informou um funcionário ligado à agremiação política Fatah, liderada pelo presidente da Autoridade Palestina (AP), Yasser Arafat. O acordo de trégua inclui o Hamas, a Jihad Islâmica e uma milícia ligada à Fatah. Israel desconsiderou o acordo interno palestino. Um alto funcionário israelense disse que os palestinos devem ser julgados por suas ações, e o que deve ser levado em conta é se eles irão suspender os ataques explosivos e a tiros. O funcionário da Fatah, Kadoura Fares, disse que nos últimos dias houve intensos contatos entre o líder da Fatah, Marwan Barghouti, que está preso em Israel, e Khaled Mashal, do Hamas, e Ramadan Shalah, da Jihad Islâmica, que estão em Damasco. Os braços militares dos três grupos promoveram ataques contra os israelenses durante os 33 meses de intifada, matando centenas deles. ?O diálogo palestino resultou num acordo de cessar-fogo por um período de três meses?, disse Fares, acrescentando que uma declaração formal sobre o cessar-fogo deverá ser divulgada mais tarde nesta quarta-feira. Uma fonte palestina, falando sob a condição de não se identificar, disse que um documento sobre os termos do acordo foi assinado por Mashal, Shalah e Barghouti. Nele, os grupos militantes concordam com uma trégua nos ataques , disse a fonte; por poutro lado, exigem que Israel suspenda os ataques seletivos e incursões militares, e pedem a libertação dos prisioneiros palestinos retidos por Israel - mas não determinam um período nem um prazo final para isso. A mesma fonte disse que o anúncio oficial do cessar-fogo poderá ser feito nos próximos dias, provavalmente no Cairo. Oficiais de inteligência israelenses disseram estar esperando pelo acordo, e funcionárioss e líderes militantes palestinos disseram que ele é iminente.

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