Hamas mantém atentados; Netanyahu quer expulsar Arafat

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Por Agencia Estado
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Um representante do Hamas comentou nesta terça-feira que as negociações com enviados do movimento político Fatah, liderado por Yasser Arafat, eram "positivas" e "francas", mas sugeriu que seu grupo não tem a intenção de abandonar a política de atentados suicidas, condenada pela Autoridade Palestina. O teor das negociações vem sendo mantido em segredo, praticamente desde seu início, há quatro dias. O local das reuniões foi alterado pelo menos em duas ocasiões, para evitar o assédio da imprensa. Autoridades dos dois lados recusam-se a revelar os temas em discussão. "Conversamos sobre diversos assuntos", disse Osama Hamdan, um representante do Hamas. "Nós conversamos francamente, mas dêem-nos uma chance", prosseguiu. Sob condição de anonimato, uma fonte egípcia comentou que os dois lados discutem o fim dos atentados suicidas do Hamas em Israel e o reconhecimento da Autoridade Palestina como único representante do povo palestino. Mas oficiais do Hamas ressaltaram que as negociações do Cairo não são sobre atentados suicidas. "Ninguém fala sobre parar as operações de martírio, especialmente com esta situação, de ataques israelenses contra os territórios palestinos", disse Hamdan, representante do Hamas no Líbano, em entrevista por telefone. "Nós iremos nos defender de todas as formas possíveis", afirmou. Expulsão de Arafat Em Jerusalém, o ministro do Exterior de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu que, se for eleito primeiro-ministro, irá expulsar o líder Yasser Arafat dos territórios palestinos. "A primeira ação do novo governo será expulsar Arafat. Eu vou expulsar Arafat", disse Netanyahu, num discurso na convenção do direitista Partido Likud televisionado para todo o país.

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