Hamas nega autoria, mas elogia ataque que matou sete em Israel

Facção radical afirma que atentado ocorreu 'na hora certa'; israelenses respondem com bombardeio

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GAZA - A facção palestina Hamas negou envolvimento nos ataques que mataram ao menos sete israelenses nesta quinta-feira, 18, perto da fronteira entre Israel e Egito, mas elogiou o atentado porque os alvos eram "soldados israelenses", disse um dos líderes do movimento.

 

 

O dirigente afirmou que o grupo "não reclama a autoria" dos ataques, realizados por homens armados e que também deixaram mais de 20 feridos. O Hamas, no entanto, acredita que a ofensiva ocorreu "no momento certo, já que os israelenses estão atacando a Faixa de Gaza dia e noite". O território palestino é controlado pela facção radical, inimiga declarada de Israel.

 

O ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, havia dito que "terroristas de Gaza" estavam por trás dos ataques. "A fonte dos atos terroristas é Gaza e nós atuaremos com força e determinação contra eles", disse o ministro, sem citar diretamente o Hamas, considerada uma organização extremista pelo Estado judeu.

 

Em resposta aos ataques, os israelenses promoveram um bombardeio em Gaza que, segundo fontes palestinas, mataram seis pessoas, entre elas um dirigente dos Comitês Populares de Resistência.

 

Barak ainda alfinetou o Egito, afirmando que o "grave ato terrorista" mostra a "debilidade do governo do Cairo no controle do Sinai e o alcance das atividades de agentes extremistas". Segundo as autoridades de Israel, os homens armados chegaram a Eilat, onde ocorreram os atentados, a partir do território egípcio.

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques representam uma "séria violação da soberania de Israel" e alertou que "qualquer um que atacar o país pagará um preço muito alto".

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