Hamas pagará caro por ataques, alerta israelense

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Por REUTERS
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Em visita ao Egito, a chanceler israelense, Tzipi Livni, alertou que o grupo palestino Hamas pagará pelos mais de 80 foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza contra o sul de Israel desde terça-feira. Livni havia sido convidada pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak, para negociar a renovação do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que expirou há uma semana. Mubarak pediu moderação na reação israelense contra Gaza, território controlado há mais de um ano pelo Hamas. Livni, porém, foi incisiva: "Já chega. Quando há disparos, há uma resposta. Qualquer Estado responderia dessa maneira." O primeiro-ministro Ehud Olmert e o ministro da Defesa Ehud Barak engrossaram o coro por uma solução militar para os ataques palestinos. Para Olmert, Israel não hesitará em atacar, caso continuem os disparos de foguetes. "Estou avisando agora, pode ser o último minuto", afirmou. "Qualquer um que ataque nossos cidadãos e soldados pagará um preço pesado", ameaçou ainda Barak. Apesar do aumento do tom do gabinete de Olmert, Israel tem sido cauteloso quanto a uma ofensiva terrestre que, provavelmente, deixaria um grande número de mortos nos dois lados. Ainda, outras grandes incursões de Israel em Gaza não foram capazes de deter os ataques de foguete de grupos como Hamas e a Jihad Islâmica. No entanto, segundo autoridades militares de Israel, uma ofensiva contra Gaza já teria sido aprovada, mas as condições climáticas do inverno, sobretudo a baixa visibilidade, atrasaram os planos. AMEAÇA AO NORTE O Exército libanês desativou ontem oito foguetes Grad e Katiusha encontrados próximos da fronteira norte de Israel, em zona controlada pela missão de paz da ONU. Não está claro quem posicionou os projéteis, fabricados na Síria e Irã, mas as suspeitas recaem sobre o grupo xiita Hezbollah. Em 2006, Israel invadiu o Líbano após a facção lançar uma onda de ataques com foguetes.

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