Helicópteros Apache americanos mataramhoje (14) sete iraquianos identificados pelos EUA comointegrantes de grupos insurgentes que planejavam atacar comfoguetes uma base da coalizão em Tikrit, ao norte de Bagdá,enquanto caças F-16 bombardearam outras cinco áreas nosarredores do aeroporto do capital iraquiana. A ofensiva é parteda "Operação Martelo de Ferro", iniciada três dias antes paratentar reduzir a capacidade dos rebeldes de golpear os soldadosdas forças de ocupação. "Atacamos locais de onde os inimigoscostumam disparar contra nós", disse um porta-voz da 1ª DivisãoBlindada. "Hoje atiramos primeiro", concluiu. No entanto, a estratégia de retaliação não impediu a morte demais três americanos - dois militares e um prestador de serviçocivil - em ataques da resistência. Os dois soldados foram mortosem Samarra, cerca de 150 quilômetros de Bagdá. Uma bombacolocada na beira da estrada explodiu quando um comboio militarpassava pelo local. O civil americano foi morto numa emboscadaparecida, mas numa estrada de Balad, a 70 quilômetros dacapital. No Iraque, desde o começo da guerra, em março, já morreram400 americanos - incluindo as três mortes de hoje. Desde ocomeço do mês, 43 americanos morreram no Iraque em ações daresistência, que tem se mostrado mais feroz a cada dia. Mas omais mortífero atentado dos rebeldes ocorreu na terça-feira emNassíria, onde um caminhão-bomba explodiu num quartel usadopelas tropas da Itália, causando a morte de 18 italianos e 13iraquianos e comprometendo o esforço de Washington para envolvermais a comunidade internacional na guerra. Governos de 32 países que têm tropas na coalizão começam aenfrentar a pressão popular para retirar seus soldados doIraque. Como efeito imediato do atentado de Nassíria, o Japãoanunciou que adiaria o envio de cerca de 500 soldados quedeveriam chegar ao Golfo Pérsico ainda este ano e a Coréia doSul desistiu de ampliar seu contingente no Iraque para cerca de5.000 soldados, como pediram os EUA. A bordo do avião que o conduzia a Tóquio - para umapreviamente agendada visita ao Japão -, o secretário de Defesaamericano, Donald Rumsfeld, disse que a coesão dos aliados nãoestava ameaçada. Do aeroporto, Rumsfeld partiu diretamente paraum encontro com o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi.Em entrevistas a emissoras japonesas, o secretário evitoumostrar sinais de decepção - que outras autoridades nãoesconderam em Washington - com a decisão do Japão de adiar oenvio de soldados. Ao mesmo tempo, o presidente americano, George W. Bush, seprepara para enfrentar protestos de pacifistas durante a visitaque fará a Londres na quinta-feira. Segundo o programa, Bushdeverá se encontrar com parentes de alguns dos mais de 50soldados britânicos mortos no Iraque. "Direi a eles que seusentes queridos não morreram em vão", declarou Bush à rede BBC."As ações que tomamos farão um mundo mais pacífico e mais seguroem longo prazo."