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Helicópteros de Israel atacam escritório da Fatah

Por Agencia Estado
Atualização:

Helicópteros israelenses atacaram hoje escritórios do movimento Fatah, do líder Yasser Arafat, na cidade de Ramallah, Cisjordânia. Ninguém ficou ferido. O Exército de Israel afirmou ter-se tratado de uma retaliação a recentes ataques a tiros contra israelenses. Os palestinos acusaram Israel de ter tentado assassinar Muhammed Mansour, o líder da Fatah em Ramallah, que havia deixado o prédio momentos antes. O Exército de Israel recusou-se a comentar a acusação. Empregados da Fatah que se reuniam com Mansour no prédio de oito andares disseram ter ouvido helicópteros sobrevoando o local antes que três mísseis o atingiram. "Eu ainda estava do lado de dentro quando ouvi alguns helicópteros voando perto do prédio", afirmou Zaghlool, que escapou ileso. "Um míssil entrou na sala". Ele conseguiu sair do prédio tomado pela fumaça através da janela do banheiro. Todo o andar pertencente à Fatah foi bastante danificado, mas outros escritórios do prédio aparentemente não foram afetados. Um míssil não explodiu, e vizinhos foram evacuados por temor de uma explosão, segundo a polícia palestina. O Exército judeu anunciou que o ataque era uma represália a repetidos disparos feitos na Cisjordânia nos últimos dias contra israelenses, incluindo uma emboscada na quinta-feira que matou um soldado. Dezenas de palestinos promoveram uma manifestação em Ramallah após o ataque, pedindo vingança. "Nossa resposta será mais rápida e dolorosa do que os israelenses podem imaginar", ameaçou Marwan Barghouti, um líder da milícia Tanzim, filiada à Fatah. O ataque prova que Arafat não deve se encontrar com o ministro do Exterior israelense, Shimon Peres, afirmou Barghouti. Os dois lados tentam arranjar uma reunião que Peres disse deve ocorrer na próxima semana na região. Na madrugada de hoje, uma poderosa explosão no jardim de uma casa matou um integrante da Tanzim e feriu seriamente outro nas proximidades da fronteira entre Faixa de Gaza e Egito. Palestinos acusaram Israel pela explosão. O Exército de Israel afirmou não ter informação sobre o ocorrido. Em mais de 11 meses de confrontos, 607 pessoas já morreram no lado palestino e 165, no lado israelense.

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