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Hezbollah diz estar disposto a deixar o Iraque após derrota do grupo EI

Em um discurso televisionado, Hassan Nasralah lembrou que seu movimento havia enviado "comandantes" ao Iraque para combater o EI

Atualização:

BEIRUTE  - O chefe do movimento xiita libanês Hezbollah disse nesta segunda-feira que está disposto a retirar seus combatentes do Iraque depois da derrota total di grupo Estado Islâmico (EI), atualmente encurralado em seus últimos redutos.

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Em um discurso televisionado, Hassan Nasralah lembrou que seu movimento havia enviado "comandantes" ao Iraque para combater o EI, em coordenação com as autoridades de Bagdá.

"Se considerarmos que terminou, que já não é necessário para nossos irmãos que continuemos lá, os combatentes regressarão para atuar em outros cenários", indicou.

"Somos contra a intervenção militar norte-americana e uma coalizão internacional na Síria, se isso (ação) é contra o regime ou o Estado Islâmico", disseSayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah no Líbano Foto: Hussein Malla/AP

"Consideramos que a missão foi cumprida, mas esperamos o anúncio iraquiana da vitória final", ressaltou Hassan Nasralah, cujo movimento também combate o EI na vizinha síria

As autoridades de Bagdá anunciaram na sexta-feira que recuperaram Rawa, a última localidade que o grupo extremista controlava em território iraquiano.

Em pouco mais de três anos, a organização sunita ultrarradical, responsável por violentos atentados, viu seu "califado", nos territórios do Iraque e da Síria, ser derrotado.

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Após a perda de Rawa, seus membros apenas controlam 4% do Iraque, segundo um especialista iraquiano no EI interrogado pela AFP, Hicham al Hachemi. 

O líder do Hezbollah nega a responsabilidade do movimento xiita libanês no lançamento, no começo de novembro, de um míssil balístico do Iêmen em direção ao aeroporto de Riad.

"Nego categoricamente um vínculo de qualquer homem do Hezbollah com o disparo desse míssil", disse Nasralah. O disparo foi reivindicado pelos rebeldes xiitas huthis, que lutam no Iêmen contra uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita. / AFP

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