Hezbollah afirma que manterá suas armas e critica o governo libanês

Deputado discursou para milhares de pessoas nos bairros do sul de Beirute

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Por Agencia Estado
Atualização:

O grupo libanês xiita Hezbollah voltou a afirmar que não abandonará suas armas, e criticou o governo libanês, que acusou de ser "aliado de Israel". O deputado Ali Ammar, citado nesta terça-feira pela imprensa local, disse que "a resistência conservará suas armas, que são como o Evangelho e o Corão". Ele discursou diante de milhares de pessoas nos bairros do sul de Beirute, os mais castigados durante a ofensiva militar israelense no Líbano. Ammar acusou os críticos do grupo xiita de "planejar o assassinato da resistência em colaboração com os americanos e os israelenses". O alvo do deputado era o movimento anti-Síria "Quatorze de Março", criado após o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri. A organização controla o Governo libanês, formado por 24 ministros, entre os quais apenas dois do Hezbollah. Segundo o deputado xiita, "as forças do ´Quatorze de Março´ se alinharam com o inimigo israelense desde o princípio" da guerra entre Hezbollah e Israel. Por isso, "este Governo deve sair" já que é formado por "uma maioria ilusória, que usurpou o poder", argumentou. O movimento "Quatorze de Março" defende a aplicação da resolução 1559 do Conselho de Segurança da ONU, que exige o desarmamento do Hezbollah.

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