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Hezbollah diz que não esperava ataques israelenses tão intensos

Segundo as autoridades libanesas, mais de mil civis morreram e cerca de quatro mil ficaram feridos durante a ofensiva militar israelense contra o Líbano

Por Agencia Estado
Atualização:

O subsecretário-geral do Hezbollah, xeque Naim Kasem, afirmou que a milícia "não esperava um ataque israelense de tamanha magnitude" em resposta à captura, em 12 de julho, de dois soldados do Estado judeu pelo grupo xiita. "Francamente, fomos surpreendidos pela grande magnitude (da ofensiva israelense)", disse Kasem, em entrevista ao jornal libanês "An-Nahar" publicada neste sábado. Kasem reiterou que o Hezbollah ("Partido de Deus") pensava que, após a captura de dois soldados israelenses, o Estado judeu "responderia bombardeando algumas áreas em um ou dois dias, no máximo três, e que os danos seriam limitados". Segundo as autoridades libanesas, mais de mil civis morreram e cerca de quatro mil ficaram feridos durante a ofensiva militar israelense contra o Líbano, que também causou danos materiais avaliados em vários bilhões de dólares. "Israel não estava preparado. Precisava de dois a três meses a mais de preparação, mas os EUA fizeram pressão por um lado, enquanto por outro os israelenses desejavam obter uma vitória" rápida sobre o Hezbollah, acrescentou o líder xiita. O subsecretário-geral revelou, além disso, que seu grupo coordena, juntamente com o Exército libanês, o posicionamento de oficiais no sul do Líbano em cumprimento da resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU, segundo a qual o fim da hostilidade foi aplicado a partir do dia 14. Kasem lembrou que Israel ainda ocupa as controvertidas Fazendas de Chebaa - na fronteira entre Síria, Líbano e o Estado judeu -, mantém prisioneiros libaneses e viola a soberania nacional libanesa.

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