16 de janeiro de 2010 | 21h30
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegou a capital haitiana, Porto Príncipe neste sábado - a autoridade mais importante do governo americano a visitar o Haiti desde o terremoto que devastou a capital na última terça-feira.
Hillary chegou em um avião que transportava suprimentos como água, comida e sabão.
A secretária deve se encontrar com o presidente do país, René Préval, e com outras autoridades americanas que já estão no país.
Antes de embarcar, a secretária afirmou que queria escutar o presidente e garantir que os EUA estão respondendo ao desastre adequadamente.
Ela disse ainda que pretendia ver pessoalmente a destruição causada pelo terremoto e conferir o trabalho das equipes de busca.
Hillary rejeitou as críticas de que a ajuda internacional estaria se acumulando no aeroporto de Porto Príncipe e não estaria chegando corretamente à população.
"Não é justo, não é justo", disse Hillary, ainda a caminho da capital.
Hillary viajou acompanhada por pelo gerente da Usaid, a agência de assistência internacional dos Estados Unidos, Rajiv Shah.
A mais recente visita de Hillary Clinton ao Haiti havia acontecido no último mês de abril.
'Decapitado'
O correspondente da BBC em Porto Príncipe Nick Davies afirmou que Hillary deve conversar com Préval para que o governo haitiano assuma algum tipo de controle do país.
Segundo Davies, a população quer ver o governo atuando de maneira firme e controlando novamente o país.
Neste sábado, a porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, Elisabeth Byrs, afirmou que o Haiti está "decapitado" e falou do colapso do governo local.
De acordo com ela, a dificuldade da logística na distribuição da ajuda humanitária que chega ao país faz com que o terremoto na capital haitiana seja ainda pior que o tsunami que atingiu a Indonésia em 2004.
Byrs citou ainda a completa destruição da infraestrutura - o aeroporto está saturado, as ruas bloqueadas, os hospitais têm poucos ou nenhum médico e poucas construções suportaram os tremores.
A ONU lançou, na sexta-feira, um apelo internacional para arrecadar US$ 550 milhões em ajuda para o Haiti.
O secretário-geral da Organização, Ban Ki-Moon, chega neste domingo a Porto Príncipe.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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