
28 de julho de 2015 | 22h13
WASHINGTON - A ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton pediu nesta terça-feira que militantes do Estado Islâmico sejam impedidos de usaro Twitter para disseminar sua mensagem, entrando num debate polêmico, que divide funcionários do governo dos Estados Unidos.
Hillary, que é pré-candidata pelo Partido Democrata à presidência em 2016, afirmou que é preciso impedir a presença dos extremistas na internet.
O diretor do FBI, James Comey, disse recentemente que os militantes do Estado Islâmico começam a seguir possíveis novos recrutas no Twitter, então enviam mensagens privadas diretamente para eles. Num segundo momento, enviam uma solicitação para contatos por meios mais difíceis de se rastrear.
Durante essas discussões, os militantes do Estado Islâmico podem direcionar ou inspirar seguidores para cometer atentados ou mesmo se mudar para a Síria para se unir à rede terrorista nesse país.
Comey, falando recentemente a repórteres, disse que funcionários dos EUA debatem se deveriam tentar bloquear o acesso do Estado Islâmico ao Twitter. Mas o fato de eles usarem essa ferramenta também dá às autoridades uma janela útil para monitorar a operação e o recrutamento do EI. Segundo Comey, ainda não há uma decisão sobre o que é o melhor a ser feito.
Na avaliação de Hillary, sem dúvida a rede social deve ser bloqueada. O Twitter já atuou várias vezes para tentar suspender militantes de usar a rede social, mas os que são bloqueados podem rapidamente fazer uma nova conta.
Um estudo recente mostrou que partidários do Estado Islâmico usaram pelo menos 46 mil contas no Twitter em 2014. Quase 20% dessas contas eram em inglês e 73% enviavam mensagens em árabe, segundo relatório publicado pelo Brookings Institution. / Dow Jones Newswires
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