Hillary dá primeiro passo da campanha à presidência dos EUA

Candidata democrata é apontada como favorita nas eleições de 2008

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Por Agencia Estado
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A senadora Hillary Rodham Clinton dará neste sábado os primeiros passos para obter a candidatura presidencial pelo Partido Democrata nas eleições de 2008. Hillary deve expor seus planos para formar um comitê presidencial em sua página na internet, segundo informações de partidários democratas ligados às campanhas. O comitê é um passo legítimo que permite arrecadar dinheiro para financiar a campanha da senadora. Hillary, parlamentar pelo estado de Nova York, quer tornar-se a primeira mulher a governar os Estados Unidos. O anúncio de Hillary aparece no cenário político norte-americano dias depois do senador Barack Obama ter apontado a intenção de tornar-se o primeiro presidente negro do país. A campanha presidencial de 2008, que vai escolher o sucessor de George W. Bush, promete ser a de maior diversidade política de candidatos. Hillary é considerada a principal candidata à presidência dos Estados Unidos, à frente de Obama e do candidato como vice-presidente de John Kerry em 2004, John Edwards. No domingo, o governador do Novo México, Bill Richardson, outro candidato, também deve anunciar seus planos de campanha para tornar-se o primeiro hispânico a governar o país. Com milhões de dólares no banco e uma ampla rede de contatos, Hillary tem boas possibilidades de conquistar o cargo. Ela seria a primeira esposa de um ex-presidente, Bill Clinton, a postular o cargo no país. Hillary, de 59 anos, é advogada e nasceu em Arkansas. De primeira-dama passou a senadora de Nova York. As posições que tomou como senadora e também como primeira-dama fizeram dela uma figura política que desencadeia ódios e paixões. Costumam compará-la com seu marido e a acusam de não ter seu carisma. Algumas pessoas a criticam por ser extremamente cautelosa e calculista. Muitos democratas vêem com ceticismo as aspirações de Hillary, pois pensam que ela tem um histórico negativo por escândalos que sacudiram o governo de seu marido. Entre o eleitorado, ainda lembram sua frustrada tentativa de revolucionar o sistema de saúde em 1993 e a defesa que fez de Bill Clinton depois do caso que ele teve com Monica Lewinsky. Os aliados de Hillary a defendem argumentando que ela é uma mulher inteligente, com grande experiência, ética de trabalho e grande domínio das políticas de governo. Seus assessores destacam suas qualidades, junto a sua popularidade entre as mulheres e jovens, fortalecem sua candidatura. Quando lançou sua candidatura ao Senado em 2000, apesar da chuva de críticas e ataques, Hillary ganhou por maioria arrebatadora, convencendo a um eleitorado principalmente conservador que os representaria dignamente em Washington.

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