
14 de outubro de 2009 | 20h18
"Numa sociedade inovadora, as pessoas precisam se sentir livres para tomar posições impopulares, discordar do senso comum, saber que estão seguras para desafiar os abusos das autoridades", disse Hillary a cerca de 2 mil estudantes da Universidade Estatal de Moscou.
"É por isso que ataques a jornalistas e a defensores dos direitos humanos aqui na Rússia são uma grande preocupação: porque são uma ameaça ao progresso", disse.
Ela enfatizou aos estudantes que o sucesso da Rússia depende da vontade de cultivar liberdades fundamentais, dente elas a liberdade de participar do processo político.
"Os cidadãos precisam ter o poder para ajudar a formular as leis sob as quais vivem. Elas precisam saber que seus investimentos de tempo, dinheiro e propriedade intelectual serão assegurados pelas instituições do governo."
Ao final, ela disse que espera que russos e norte-americanos se comportem como parceiros. "Eu escolhi a parceria e eu escolhi deixar de lado o fato de ter sido uma criança da Guerra Fria. Eu escolhi ir além da retórica e da propaganda que veio do meu governo e do de vocês", disse ela.
Sua mensagem parece ter tido, em parte, o objetivo de conter os temores de liberais democratas russos de que os Estados Unidos não manteriam seu apoio ao Kremlin, com o retrocesso da democracia e dos direitos humanos, em troca da cooperação russa no Irã e no Afeganistão.
Logo depois viajou para Kazan, a capital da república autônoma da Tartária. As reuniões informais, que encerram uma visita de cinco dias à Europa, tiveram como objetivo ajudar a redefinir as relações entre Estados Unidos e Rússia.
Encontrou algum erro? Entre em contato