PUBLICIDADE

Hillary encerra viagem à China sem acordos

Por CLÁUDIA TREVISAN , CORRESPONDENTE e PEQUIM
Atualização:

Hillary Clinton encerrou ontem sua provável última visita à China na condição de secretária de Estado dos EUA sem convencer as autoridades de Pequim a se aproximar de Washington em questões fundamentais, como a crise na Síria e os conflitos territoriais que opõem chineses a países vizinhos da Ásia.A chegada de Hillary, na terça-feira à noite, foi precedida de críticas à sua atuação e à sua personalidade na imprensa oficial chinesa, totalmente controlada pelos censores de Pequim. O fim da visita, ontem, evidenciou as divisões políticas entre as duas superpotências.O encontro que a secretária teria com o provável futuro presidente da China, Xi Jinping, foi cancelado com poucas horas de antecedência. A americana reuniu-se com o atual ocupante do cargo, Hu Jintao, e Li Keqiang, que deve assumir o posto de primeiro-ministro em março, no lugar de Wen Jiabao.Antes de aterrissar em Pequim, a secretária de Estado dos EUA defendeu, em entrevista na Indonésia, a criação de um código de conduta para solução dos conflitos territoriais entre a China e os países da região, entre os quais estão Vietnã e Filipinas. Hillary sugeriu ainda que as nações adotem uma posição unificada para negociar em melhores termos com os chineses.Pequim, contudo, prefere solucionar as disputas de maneira bilateral e rejeita a adoção de regras comuns. Também considera inaceitável a ingerência dos Estados Unidos em uma região na qual tem supremacia. "A China tem soberania sobre as ilhas do Mar do Sul da China e suas águas adjacentes", disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, em entrevista concedida ontem ao lado da secretária de Estado dos EUA.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.