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Hillary promete 'expandir e prolongar' apoio dos EUA à Somália

Americanos temem que autoridades fracas tornem o país africano um refúgio de extremistas islâmicos

Atualização:

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, reuniu-se nesta quinta-feira, 6, com o presidente da Somália, Sharif Sheikh Ahmed, na capital do Quênia, Nairóbi e prometeu "expandir e prolongar" o apoio de Washington ao frágil governo interino do país africano e a sua luta contra radicais islâmicos supostamente vinculado à rede extremista Al-Qaeda, informou a agência BBC.

 

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Antes do encontro, Hillary manifestou apoio ao governo transitório da Somália, em meio a temores de que o país - sem governo central efetivo desde 1991 - esteja se tornando um refúgio de extremistas islâmicos. Hillary está em uma viagem de 11 dias pela África e deve passar também por África do Sul, Nigéria, Angola, Libéria, República Democrática do Congo e Cabo Verde. "Nós queremos apoiar (Ahmed) em um momento no qual ele tenta afirmar seu poder em partes da Somália assoladas pelo conflito desde 1992", disse a secretária durante uma palestra na Universidade de Nairóbi antes da reunião, segundo a a agência Associated Press.

 

O ministro do Exterior somali, Muhammad Abdullahi Omar, disse que os Estados Unidos se comprometeram a ajudar a estabilizar e levar a paz ao país. "Acreditamos que chegamos a uma fase crítica, na qual esperamos criar a oportunidade para passar para o próximo estágio da estabilização da capital e as regiões próximas e então seguir adiante", afirmou.

 

Grandes partes do território da Somália não são mais controladas pelo governo. Os militantes do movimento radical islâmico al-Shabab têm cada vez mais força no país e mais de 250 mil pessoas abandonaram suas casas nos últimos três meses.

 

Apoio de militantes

 

Há informações de que o al-Shabab - partidário de severas leis islâmicas e acusado de envolvimento com a organização Al-Qaeda - estaria conseguindo apoio de militantes do mundo todo.

 

No começo da semana a polícia da Austrália prendeu quatro suspeitos de planejar ataques suicidas em uma base militar australiana, afirmando que eles tinham envolvimento com o al-Shabab.

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Os Estados Unidos admitem que forneceram às forças partidárias do governo somali 40 toneladas de armas e munição em 2009 e outro carregamento de armas está previsto.

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