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Hizbollah tenta voltar ao sul do Líbano, diz general de Israel

Com invasão, milícia xiita libanesa ignora proibição da ONU de entrar no país

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Gabi Ashkenazi, assegurou hoje que a milícia xiita libanesa Hisbolá está tentando atravessar o rio Litani e se deslocar novamente para o sul do Líbano, apesar da proibição expressa pela resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU. "O Hisbolá está tentando descer o sul do rio Litani. A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) e o Exército libanês estão operando (na região), mas o contrabando de armas da Síria para o Líbano continua", disse hoje Ashkenazi, durante a reunião semanal do Conselho de Ministros. O general explicou que a situação ocorre porque "não existe um mecanismo efetivo para controlar o processo ao longo da extensa fronteira" libanesa. Segundo o chefe das Forças Armadas israelenses, isso seria feito, caso o "primeiro-ministro libanês (Fouad Siniora) fosse suficientemente forte para controlar a fronteira". Contudo, "seu poder é limitado", lamentou. Ashkenazi afirmou também que o "Hisbolá precisa de apenas um ministro para ter a maioria no Governo libanês". Quanto à situação na fronteira com a Síria, Ashkenazi disse que pode ser verificado um aumento no estado de alerta do Exército sírio, apesar de não terem "informações de que a Síria esteja se movimentando". Com relação à Faixa de Gaza, o responsável pelo Exército israelense disse que, desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 26 de novembro, até 26 de abril, cinco meses depois, ocorreram 250 disparos de foguetes Qassam e bombas contra o território israelense. "Caso a situação permaneça inalterada, não restará outra opção que não seja atuar", afirmou Ashkenazi, sobre a possibilidade de lançar uma ofensiva contra Gaza.

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