Hollande pede ‘ação internacional determinada’ para combater terrorismo

Presidente francês disse que é preciso trocar informações e rastrear indivíduos como forma de evitar novos ataques. Nesta terça-feira, um casal de policiais for assassinado em sua casa e o EI assumiu a autoria da ação

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Por Redação
Atualização:

PARIS - O presidente da França, François Hollande, reivindicou nesta terça-feira, 14, "uma ação internacional determinada" contra o terrorismo, após o assassinato de um casal de policiais em seu domicílio em Magnanville, na região de Paris, atribuído ao Estado Islâmico (EI).

"A luta contra o terrorismo necessita de uma ação internacional bem determinada, troca de informações, rastrear indivíduos", afirmou Hollande, durante a inauguração de uma conferência sobre corrupção na sede da OCDE em Paris, em referência ao duplo assassinato dos policiais.

Estado Islâmico assumiu a autoria doassassinato de um casal de policiais em seu domicílio em Magnanville, na região de Paris Foto: AFP PHOTO / MATTHIEU ALEXANDRE

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O presidente francês afirmou que o ataque foi terrorista tanto porque o autor "queria que seu ato fosse reconhecido como tal" e porque o EI o "reivindicou".

François Hollande prestou homenagem aos policiais assassinados e enviou uma mensagem aos seus colegas. "Que as forças de segurança na França saibam que têm todo o apoio e a solidariedade dos poderes públicos", garantiu.

Na mesma linha, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que visitou as delegacias onde trabalhavam os policiais mortos, destacou que o terrorismo representa "múltiplas ameaças" e que "o povo francês, e o restante da Europa, devem saber que enfrentamos uma ameaça que vai durar".

O ministro falou sobre os terroristas que poderiam vir do exterior, por exemplo, usando passaportes falsos ou roubados de combatentes estrangeiros, depois que estes estiveram em zonas de combate com grupos jihadistas.

Além disso, Cazeneuve mencionou pessoas que estão no país e podem agir sem levantar suspeitas, uma alusão indireta ao autor do duplo assassinato em Magnanville, de 25 anos, e nacionalidade francesa, condenado em 2013 por pertencer a uma rede de recrutamento de jihadistas e que vinha sendo monitorado nos últimos meses pelo serviço secreto francês. /EFE

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