Homem-bomba ataca em Tel-Aviv; três mortos

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Por Agencia Estado
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Um palestino com cinco quilos de explosivos amarrados ao corpo explodiu-se em um mercado ao ar livre cheio de gente em Tel-Aviv, matando três israelenses e ferindo outros 32 no primeiro atentado do tipo desde que Yasser Arafat partiu para a França a fim de se submeter a tratamento médico. A explosão aumenta a preocupação com a instabilidade na liderança palestina durante a ausência de Arafat. Os extremistas parecem estar dando a entender que, agora, estão no comando, e não as autoridades que substituem Arafat e tentam passar uma impressão de normalidade. O chão tremeu no Mercado Carmel no instante em que a explosão destruiu uma loja de laticínios e danificou a barraca de legumes próxima. A força da explosão jogou a placa com o nome da loja para longe. Paramédicos atenderam as vítimas do choque e removeram dois corpos da cena. A Frente Popular para a Libertação da Palestina, uma facção radical da OLP, reivindicou o atentado em telefonema à Associated Press. O representante da FPLP identificou o autor do atentado como Eli Amer Alfar, de 16 anos, morador de um campo de refugiados próximo à cidade de Nablus. Este foi o 116º atentado suicida desde o início da atual intifada (levante) palestino, em 2000. Desde então, 494 israelenses foram mortos nesse tipo de ataque. De seu quarto de hospital na França, Arafat condenou o atentado e "apelou para que todas as facções palestinas se comprometam a evitar ferir civis israelenses, e ele fez um apelo semelhante a (o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon) para que tome uma iniciativa semelhante e evite ferir civis palestinos", disse o porta-voz Nabil Abu Rdeneh. O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Ahmed Korei, também criticou o atentado: "Não acreditamos que esse tipo de ação sirva à nossa causa nacional, portanto pedimos a todos que aprem de atacar civis".

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