Homem-bomba destrói cibercafé no Marrocos

Marroquino foi proibido de pesquisar sobre terrorismo no local e cometeu atentado

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Um marroquino que foi proibido de pesquisar páginas sobre "terrorismo" na internet pelos donos de um cibercafé de Casablanca promoveu um atentado suicida com explosivos atados ao corpo, informou nesta segunda-feira, 12 o Ministério de Interior do Marrocos. O homem morreu e quatro outras pessoas ficaram feridas na explosão de domingo à noite, inclusive uma pessoa que estava junto com o homem-bomba, disse Abderrahman Achour, porta-voz do ministério. Ainda sem saber ao certo as circunstâncias da explosão num cibercafé de um bairro pobre de Casablanca, as autoridades locais evitam rotular o episódio como um atentado suicida, disse Achour numa conversa por telefone com a Associated Press. Ele afirmou ser possível que a detonação dos explosivos tenha sido acidental. A polícia do Marrocos tem repremido supostos extremistas islâmicos desde que atentados suicidas a bomba em Casablanca em 2003 deixaram 45 mortos. O homem morto foi identificado como sendo Abdelfath Raidi, condenado por supostos laços com terroristas e sentenciado a cinco anos de prisão, mas foi perdoado em 2005, disse Achour. Raidi, de 20 e poucos anos e nascido em Casablanca, era desempregado, acrescentou. O companheiro ferido de Raidi foi identificado como sendo Yusuf Khoudri, do mesmo bairro em Casablanca, relatou o porta-voz ministerial. De acordo com uma agência local de notícias, os dois homens entraram ontem à noite no cibercafé com a intenção de pesquisar páginas sobre terrorismo, mas o filho do proprietário do local percebeu e bloqueou o acesso. Pouco depois, Raidi detonou os explosivos que levava consigo, informou a polícia local. O acompanhante do homem-bomba ficou ferido, mas fugiu do local. Ele foi capturado pouco depois e levado a um hospital próximo. O interrogatório foi limitado porque ele sofreu ferimentos na garganta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.