08 de dezembro de 2010 | 10h11
O governo paquistanês, que tem o apoio dos EUA, está atualmente enfrentando uma campanha de ataques-suicida realizada por insurgentes do Taliban, em desafio a uma série de ofensivas militares lançadas no ano passado contra suas bases no noroeste do país.
"Um garoto de 18 a 20 anos de idade, que estava carregando cerca de 6 quilos de explosivos, realizou o ataque", disse o chefe da polícia de Kohat, cidade onde ocorreu o atentado. Dezesseis pessoas ficaram feridas, segundo autoridades do hospital. Muitas lojas foram destruídas.
"O ônibus, lotado de passageiros, estava para partir quando um adolescente se aproximou da porta e se explodiu," disse uma testemunha.
O Taliban paquistanês, ligado à Al Qaeda, assumiu responsabilidade por dois ataques-suicida concomitantes na segunda-feira contra um complexo de escritórios de uma autoridade governamental. Os ataques ocorreram na região de Mohmand, no noroeste do país, e deixaram ao menos 40 mortos.
Os homens-bomba atacaram num momento em que se realizava uma reunião sobre o fortalecimento de milícias tribais, criadas para ajudar o governo a combater os militantes.
Documentos diplomáticos confidenciais dos EUA, divulgados pelo site WikiLeaks, trouxeram novas questões sobre as ameaças de grupos militantes no Paquistão para o governo e para seu aliado, os EUA.
Segundo um documento datado em 21 de fevereiro de 2009, a ex-embaixadora norte-americana no Paquistão, Anne Patterson, previu que levaria de 10 a 15 anos para a derrota dos militantes nos áreas tribais de Pashtun, no noroeste do país, ao lado da fronteira afegã.
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