Homenagens às vítimas do 11 de Setembro se espalham pelo mundo

Da Europa à Ásia, embaixadas, políticos e civis organizam atos para marcar os 10 anos da tragédia

PUBLICIDADE

Atualização:

  

 

PUBLICIDADE

NOVA YORK - Cerimônias em todo mundo marcaram os dez anos dos atentados de 11 de setembro, que mataram pessoas de cerca de 90 nacionalidades. Os eventos, que contaram com a presença de embaixadas, políticos e da população civil, incluíram desde a inauguração de monumentos com restos das Torres Gêmeas até a criação de um bosque em homenagem às vítimas. O único país que registrou incidentes durante a cerimônia oficial foi a Inglaterra.

 

Veja também:lista LISTAS: Filmes e livros sobre 11/9especialINFOGRAFIA: Terror nos céus dos EUAdocumento ESPECIAL: Dez anos do 11/09som ESTADÃO ESPN: Série especialforum PARTICIPE: Onde você estava quando soube dos atentados?

 

Neste país, o ato ocorreu em Londres, na Catedral de St. Paul, com a participação de militares americanos. Ao mesmo tempo da cerimônia, cerca de 50 militantes do movimento "Muçulmanos contra as Cruzadas" queimaram uma folha de papel com a bandeira dos EUA, em frente à embaixada do país.

 

Ainda em Londres, nesta semana a artista nova-iorquina Miya Ando expôs uma escultura feita com restos das Torres Gêmeas, evento que contou com a presença do prefeito da cidade, Boris Johnson. Na ocasião, Johnson lançou um programa que visa explicar o 11 de setembro a estudantes e informar às crianças as verdadeiras causas e efeitos da tragédia.

 

Em Paris, uma enorme bandeira dos Estados Unidos foi estendida próxima à Torre Eiffel durante as cerimônias de celebração, que tiveram a participação de Charles Rivkin, embaixador dos americano na França. Duas réplicas das torres gêmeas, com altura de 25 metros, foram erguidas na esplanada do Trocadero, em frente ao monumento francês. Além disso, 45 estudantes da periferia de Paris - que em 11 de setembro de 2001 tinham entre seis e nove anos - encenaram os atentados no Thêatre de la Ville.

 

Já na Espanha, o príncipe Felipe de Bourbon e a princesa Letízia Ortiz inauguraram um bosque de carvalhos em memória a "todas as vítimas do terrorismo". O ato ocorreu no Parque Ferial Juan Carlos I de Madri e contou com a presença do embaixador dos Estados Unidos na Espanha, Alan Solomont.

Publicidade

 

Em Israel, onde há dois anos foi erguido o maior monumento em homenagem às vítimas fora dos Estados Unidos, Benjamin Netanyahu lembrou que o mundo ainda está sujeito a ataques terroristas e apontou o extremismo islâmico e o Irã como elementos que podem desestabilizar a ordem mundial. Cinco israelenses morreram nos atentados.

 

O Brasil não contou com representante oficial na cerimônia em Nova York e os atentados foram lembrados em consulados espalhados pelo país. Um dos eventos foi organizado pela embaixada em São Paulo que, na sexta-feira, fez um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. Três brasileiros morreram na tragédia.

 

Além disso, em carta dirigida a Barack Obama, a presidenta Dilma Roussef colocou o Brasil à disposição dos Estados Unidos para construir uma nova ordem mundial "pacífica e justa". A presidente condenou, ainda, a atuação de organizações extremistas e enfatizou a necessidade de melhorar as relações entre Ocidente e mundo árabe.

 

Na Itália, o papa Benedito XVI rezou pelas vítimas e pelos seus familiares e pediu ao mundo que deixe de usar a violência para solucionar problemas. Por fim, os soldados americanos no Afeganistão participaram de uma cerimônia, presidida pelo general de infantaria da marina, John Allen, que recordou uma década de guerra.

 

Também ocorreram cerimônias em países como a China, que organizou um ato na embaixada americana em Pequim; na Nova Zelândia, onde o embaixador David Huebner e membros de uma equipe de rúgbi dos Estados Unidos participaram de evento organizado antes de uma partida; e Austrália, onde o ministro de Relações Exteriores da França, Alain Juppe, e seu homólogo australiano, Kevin Rudd, ofereceram flores às vítimas em um memorial erguido em Camberra, capital.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.