
18 de agosto de 2012 | 14h46
Os ataques se aceleraram nas últimas semanas, provocando quase 200 mortes desde o início de agosto. Na quinta-feira, atentados sequenciais mataram 93 pessoas e feriram inúmeras outras. Foi o segundo dia mais violento no país desde que as tropas norte-americanas saíram do território iraquiano em dezembro.
A violência tem diminuído desde o período mais crítico de 2005 a 2008, mas assassinatos continuam comuns. O ramo iraquiano da Al-Qaeda diz que pretende retomar áreas que eram de seu domínio antes de os EUA e seus aliados locais conseguirem expulsar membros do grupo dessas regiões. Funcionários do necrotério, que falaram sob a condição do anonimato, confirmaram o número de vítimas. Localizada a 360 quilômetros de Bagdá, Mosul já foi uma das fortalezas do Al-Qaeda.
Exilados do Irã
Neste sábado, a Organização Mujahedin do Povo do Irã, um grupo formado por exilados iranianos, afirmou que planeja transferir 400 moradores do acampamento Ashraf, no norte do Iraque, para Hurriya, onde já funcionou uma base militar norte-americana. O grupo ignorou o prazo de 20 de julho para realizar a transferência dos 1.200 remanescentes moradores, afirmando que desejavam receber provas de que haveria condições adequadas e melhoria na base.
Maryam Rajavi, o presidente eleito do grupo e conhecido também pelo nome de Mujahedeen-e-Khalq, disse que o comboio de 400 residentes vai fazer a mudança no dia 23 de agosto como um "gesto de boa vontade".
O grupo de exilados iranianos tenta destituir os governantes clericais do Irã. Os insurgentes realizaram bombardeios e assassinatos no Irã no final da década de 80, mas afirmam que renunciaram à violência. Os iraquianos consideram os exilados um grupo terrorista. A Organização das Nações Unidas ajudou a intermediar um acordo para desativar o campo de Ashraf e transportar os exilados para um campo de refugiados. As informações são da Associated Press.
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