Homens armados matam executivo italiano no Haiti

Ele, juntamente com sua esposa, que foi seqüestrada, são as mais novas vítimas da onda de violência que assola o país

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Por Agencia Estado
Atualização:

Homens armados mataram um executivo italiano e seqüestraram sua esposa no Haiti, as últimas vítimas da onda de violência que assola a pobre nação caribenha. Um grupo armado invadiu na segunda-feira a vila onde o casal mora, localizada na capital do país, Porto Príncipe, atirou em Guido Vitiello, de 67 anos, e amarrou o homem em uma cadeira antes de seqüestrar sua esposa, Gigliola Martino, informou nesta terça-feira o Ministério do Exterior italiano. Vitiello mais tarde morreu por causa dos ferimentos em um hospital. Os investigadores acreditam que Gigliona foi seqüestrada para ser, posteriormente, trocada por um resgate. Enrico Guicciardi, embaixador italiano da República Dominicana, país vizinho ao Haiti, foi enviado a Porto Príncipe para auxiliar a família e manter contatos com as autoridades locais. "No momento não posso dizer muito sobre a situação, mas posso informar que está sob controle", contou o embaixador à Associated Press por telefone. "Esperamos realmente que ela seja libertada hoje a noite e temos esperanças de salvar sua vida." Gigliola já havia sido seqüestrada no ano passado, mas foi solta rapidamente e sem ferimentos. Ela mora há 30 anos no país com seu marido e dois filhos. "Estamos sob muita pressão, angustiados e estressados", disse Assunta Capuccio, 50, parente da seqüestrada. "Nossa família está passando por muita agonia e sofrimento. Este é nosso país, nascemos aqui e não nos mudaremos para nenhum outro local antes que esta situação seja resolvida", acrescentou Capuccio. O Haiti passou por uma relativa calma após as eleições que elegeram o presidente Rene Préval, em fevereiro. Desde maio, porém, dezenas de estrangeiros e haitianos foram seqüestrados e centenas tiveram de abandonar seus lares por causa de brigas entre gangues na capital.

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