
24 de novembro de 2015 | 10h04
TEGUCIGALPA - O governo de Honduras informou na segunda-feira, 23, que está analisando o pedido de refúgio dos cinco sírios detidos na semana passada em um aeroporto do país quando pretendiam viajar aos Estados Unidos com passaportes gregos roubados.
Os sírios "solicitaram refúgio" a Honduras, sob o argumento que "suas vidas estavam em perigo" em seu país, disse o ministro de Direitos Humanos, Justiça, Governo e Descentralização hondurenho, Rigoberto Chang Castillo.
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O pedido, respaldado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em Honduras, está nas mãos das autoridades do Instituto Nacional de Migração e será analisado apesar da causa judicial contra os sírios, afirmou Castillo.
Os estrangeiros permanecem desde sexta-feira passada em uma prisão hondurenha após serem acusados nesse dia pelo Ministério Público de Honduras de "falsificação de documentos e por uso e usurpação do Estado Civil em prejuízo da fé pública".
"Uma comissão está analisando o caso e eu acredito que nesta semana vamos ter uma resposta para dar solução ao pedido apresentado por estes senhores sírios", ressaltou o ministro.
Os sírios chegaram no último dia 17 ao aeroporto Toncontín, da capital hondurenha, em um voo procedente da Costa Rica, e seu destino era os Estados Unidos, segundo as autoridades hondurenhas.
No dia da prisão o porta-voz da polícia hondurenha, Aníbal Baca, disse os imigrantes presos tinham saído da Grécia e passado antes por Turquia, Brasil e Argentina até pegarem o voo na Costa Rica.
Os sírios se identificaram como Majd Ghanout Kousa, Lourans Samaan, William Gahnem, todos de 21 anos; Fady Freej Shehada e Mazen Mikhail, de 26 e 30 anos, respectivamente.
O tribunal responsável pelo caso realizará nesta terça-feira, 24, uma audiência inicial na qual um juiz de Tegucigalpa decidirá se os detidos serão processados pelos delitos pelos quais são acusados pela procuradoria hondurenha.
O crime de falsificação de documentos em Honduras é punido com uma pena de até nove anos de prisão, enquanto a usurpação do estado civil com até seis anos, segundo o Código Penal do país. / EFE
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