24 de março de 2009 | 12h00
Caso a população concorde com a convocação de uma Assembleia Constituinte, haverá nas eleições gerais de novembro também a votação nos futuros membros dessa assembleia. Nas eleições gerais, os aproximadamente 4,5 milhões de hondurenhos inscritos - para uma população de 7,8 milhões de habitantes - decidirão sobre o presidente, três vice-presidentes, 265 legisladores, 40 deputados do Parlamento Centro-americano, 298 prefeitos e 3 mil vereadores.
O comissário nacional de Direitos Humanos, Ramón Custodio, qualificou como "bobagem" a decisão de Zelaya. Também disse que o presidente "apenas escuta os maus conselheiros". Já o presidente do Congresso, Roberto Micheletti, disse que Zelaya "incorre em delito ao promover uma Constituinte" e advertiu que "o presidente está equivocado, porque qualquer urna que instale não terá nenhum valor legal e ele estaria em perigo de que a promotoria se posicione contra". A Constituição entrou em vigor há 27 anos, após quase uma década de regimes militares em Honduras. O próprio texto proíbe sua reforma, especialmente em relação à forma de governo e à reeleição presidencial.
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