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Hong Kong vê comparecimento recorde para eleições em meio a protestos por democracia plena

Mais de um milhão de eleitores compareceram às urnas; primeiros resultados são esperados para depois da meia-noite

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Por Redação
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HONG KONG - As urnas fecharam sem grandes distúrbios ou interrupções em Hong Kong neste domingo, após eleitores comparecerem em números expressivos para votar nas eleições para os conselhos distritais, vistas como um teste para o apoio à chefe do Executivo, Carrie Lam, após seis meses de protestos por democracia.

Eleitores fazem fila para votar em posto de votação para eleições locais do conselho distrital em Hong Kong, China. Foto: Athit Perawongmetha/ Reuters

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Dados do governo publicados uma hora antes do fechamento das urnas informavam que cerca de 2,9 milhões de pessoas haviam votado até as 21h30 no horário local, taxa de comparecimento de mais de 69% —um recorde que parece ter sido incentivado pela turbulência política. Cerca de 1,47 milhão votaram nas últimas eleições distritais há quatro anos. Os primeiros resultados são esperados para depois da meia-noite.

Os números nas urnas mostraram a determinação do povo, disse um eleitor chamado de Tsz, de 30 anos, que trabalha na indústria de serviços. “A alta taxa de comparecimento... definitivamente reflete a esperança do povo de Hong Kong pelo sufrágio universal genuíno”, disse.

Ao votar, Lam, que é apoiada por Pequim, prometeu que seu governo ouviria “mais intensivamente” os pedidos dos conselhos distritais na cidade governada pelos chineses. “Eu espero que este tipo de estabilidade e calma não seja apenas para as eleições de hoje, mas para mostrar que nenhum de nós quer que Hong Kong mergulhe em situação caótica de novo”, disse Lam.

Os protestos começaram após a proposição de um projeto de lei que permitiria que pessoas fossem enviadas à China para julgamento. O projeto foi retirado de tramitação, mas os protestos rapidamente evoluíram para pedidos por democracia total, representando o maior desafio popular ao presidente chinês, Xi Jinping, desde sua chegada ao poder em 2012./ REUTERS

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