Hospitais da Venezuela pedem ajuda contra escassez

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Por CARACAS
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A Associação Venezuelana de Clínicas e Hospitais (AVCH) pediu ontem que o presidente Nicolás Maduro declare uma "emergência humanitária", em razão da falta de insumos que o setor enfrenta. Segundo a entidade, pelo menos 20 especialidades médicas enfrentam faltas parciais ou absolutas de medicamentos e outros insumos de saúde. Carlos Rosales, presidente da AVCH, afirmou que o pedido ocorreu em razão da "elevação da escassez e do fornecimento irregular de insumos, remédios, material médico-cirúrgico, equipamentos médicos e sua reposição".A Venezuela importa 90% dos insumos médicos que consome. Nos últimos meses, a restrição do governo em conceder às importadoras do setor de saúde as divisas estrangeiras que as empresas precisam para comprar seus produtos tem causado a falta de 60% dos remédios consumidos na Venezuela e de até 85% dos insumos médicos, afirmam as companhias.Segundo a AVCH, faltam no setor de saúde desde anestesias - ocasiona a suspensão de cirurgias - até equipamentos para intervenções cardiológicas. Também não há insumos como gaze, luvas, material para sutura e soro. Na segunda-feira, o ministro de Saúde venezuelano, Francisco Armada, reconheceu que foram "relatadas falhas" na distribuição de alguns medicamentos. O setor estima que a não concessão de divisas para compra de insumos médicos causa uma dívida de US$ 350 milhões do governo com fornecedores internacionais - em relação a remédios, a dívida é estimada em US$ 900 mil.Morte. O governo venezuelano rechaçou ontem a declaração da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), sobre o assassinato do jornalista Álvaro Cañizáles, de 50 anos, que foi encontrado morto - degolado, amordaçado e com as mãos amarradas - em um córrego no Estado de Cojedes, no sábado. Segundo Caracas, a morte de Cañizáles "não tem nenhuma relação com o exercício do jornalismo". A SIP pediu segunda-feira "uma investigação exaustiva para identificar os motivos do crime". O governo venezuelano criticou a entidade por "lançar uma dúvida sobre tal circunstância". / AFP

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