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Hospital britânico reavaliará caso de bebê com doença rara após ofertas de ajuda

Em nota, centro médico afirmou considerar 'justo explorar novos elementos' após receber de dois hospitais internacionais novas evidências para um tratamento experimental em Charlie Gard, que sofre de doença genética incurável

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LONDRES, REINO UNIDO - O hospital infantil britânico Great Ormond Street anunciou nesta sexta-feira, 6, que analisará novas possibilidades para tratar um bebê com uma doença genética rara depois das intervenções do papa Francisco e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de, na véspera, dois hospitais americanos dizerem que aceitariam avaliar Charlie Gard.

O hospital britânico tinha anunciado que desligaria os aparelhos que mantêm o bebê vivo na semana passada depois de uma longa batalha com os país da criança, mas decidiu adiar a medida em razão de repercussão do caso e para dar mais tempo para Connie Yates e Chris Gard - que se opõe à decisão.

Ao lado da mulher, Connie Yates, o britânico Chris Gard segura o filho do casal, Charlie Gard, que sofre de doença genética raríssima Foto: Family of Charlie Gard via AP

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"Dois hospitais internacionais e seus pesquisadores nos indicaram nas últimas 24 horas que existem novos elementos para um tratamento experimental que tinham nos proposto", informou a instituição em comunicado. "Acreditamos, como os pais de Charlie, que é justo explorar estes elementos."

Em abril, um tribunal britânico autorizou os médicos a interromperem o tratamento que mantêm Charlie Gard vivo. Após os pais dele recorrerem, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos ratificou a decisão. Connie e Chris, os pais de Charlie, lutam para que o bebê de 11 meses possa ser transferido para os Estados Unidos para receber um tratamento experimental.

Charlie sofre de síndrome de miopatia mitocondrial, uma doença genética raríssima e incurável que provoca a perda da força muscular e danos cerebrais. Ele nasceu em agosto de 2016 e, dois meses depois, precisou ser internado. Os médicos britânicos dizem que o menino tem danos cerebrais irreversíveis, não se move, escuta ou enxerga, além de ter problemas no coração, fígado e rins. / AFP

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