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Hospital da Venezuela fabrica máscaras para enfrentar o coronavírus

Suprimentos médicos são escassos no País, que já tem 36 casos confirmados

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - Os suprimentos médicos de quase qualquer tipo são escassos na Venezuela; por isso, funcionários de uma maternidade em Caracas estão correndo para enfrentar o coronavírus que se espalha rapidamente, fazendo máscaras cirúrgicas, uma a uma.

Cinco trabalhadores ficaram escondidos por dias no porão do hospital Concepcion Palacios, debruçados sobre máquinas de costura e transformando folhas descartáveis ​​de papel azul em máscaras para seus 2.800 colegas de trabalho.

Na terça-feira, eles conseguiram produzir cerca de mil máscaras costuradas à mão.

Funcionárias de hospital em Caracas confeccionam máscaras Foto: Ariana Cubillos/AP

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"Eles não saem dessas máquinas", disse a supervisora ​​Silvia Bolivar, uma das pessoas que organizou o projeto. "Eles comem e descansam lá até se levantarem à noite para ir embora".

Ela disse que outros hospitais começaram um esforço semelhante para ajudar a combater o vírus, que causa apenas sintomas leves a moderados, como febre ou tosse, para a maioria dos pacientes, mas pode ser grave para algumas pessoas, especialmente idosos e pessoas com problemas de saúde.

A Venezuela registrou seus primeiros 36 casos confirmados de coronavírus em menos de uma semana, e a maioria dos especialistas em saúde afirma que o país, que já está enfrentando uma crise econômica e escassez generalizada, não está pronto para o que está por vir.

Os hospitais não têm máscaras, luvas, remédios e, às vezes, até água corrente, de acordo com os profissionais de saúde.

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"Deveríamos ter mais segurança, máscaras faciais apropriadas, mas estamos nessa emergência", disse uma das trabalhadoras, Yordania Mata, 34, enquanto fazia uma pausa para descansar as mãos.

Na segunda-feira, 16, o presidente Nicolás Maduro ordenou que o país inteiro ficasse em casa sob uma quarentena destinada a impedir a propagação do novo vírus, chamando a decisão de "medida drástica e necessária". /AP

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