LAS VEGAS - Um grande número de hotéis de Las Vegas aumentou o nível de segurança no acesso às suas instalações após o massacre ocorrido na cidade no domingo passado em que morreram 59 pessoas e mais de 500 ficaram feridas.
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David Straw, vice-presidente de comunicações da empresa Boyd Gaming, que opera sete hotéis e casinos em Las Vegas, disse que apesar de as medidas de segurança já serem "fortes", tem estudado como melhorá-las. "Estamos revisando nossas medidas de segurança e aumentando onde é necessário".
Hotéis na avenida onde estão os principais casinos da cidade revisaram seus equipamentos e detectores de metais manuais. De acordo com autoridades, o autor do massacre, Stephen Paddock, entrou no hotel Mandalay Bay com 10 malas com pelo menos 23 armas de fogo em seu interior, entre elas rifles e centenas de munições.
Parte da investigação busca determinar como nenhum funcionário da segurança do hotel nem o pessoal encarregado pela limpeza detectou nada no apartamento ocupado por Paddock.
Da janela de seu quarto no 32º andar, o aposentado disparou contra a multidão de 22 mil pessoas em um intervalo de 9 minutos com rifles que havia modificado para que atirassem ainda mais rápido.
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Risco. Especialistas em hotelaria e turismo asseguram que impor revisões e pontos de segurança dentro dos hotéis pode prejudicar o negócio, já que os hóspedes buscam nas viagens um tempo de descanso. Importantes hotéis como o Venetian e o Palazzo contrataram equipes de segurança privada que controlam os movimentos ao redor do local.
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A empresa MGM Resorts, proprietária do Mandalay Bay e de outros 12 hotéis, disse que trabalha "de maneira consistente" com as forças locais e nacionais para garantir a segurança de clientes e trabalhadores. Apesar disso, não há detalhes sobre possíveis novas medidas que seus hotéis possam adotar depois dos fatos trágicos de domingo.
O presidente Donald Trump visitou a cidade nesta quarta-feira, 4, para um encontro com as vítimas do ataque a tiros. / EFE