PUBLICIDADE

HSBC diz que nome de Pinochet não consta como cliente

"Não existe conta em nome de Pinochet e também não há depósito de tesouros, mas investigação pode continuar se tivermos novas evidências", disse porta-voz

Por Agencia Estado
Atualização:

Um porta-voz do HSBC em Hong Kong, o banco onde supostamente Augusto Pinochet depositou 9 toneladas de ouro, disse nesta quinta-feira à Efe que, após uma investigação preliminar, se chegou à conclusão de que não há nenhum cliente com esse nome nesta entidade. "Não aparece um cliente com esse nome", disse o porta-voz, que, no entanto, acrescentou que a investigação pode continuar se forem descobertos novos elementos. O porta-voz da sede em Hong Kong de um dos maiores bancos do mundo, com 9.500 escritórios em 76 países, esclareceu que o governo do Chile não entrou em contato com eles e que o banco começou a investigação por iniciativa própria após a divulgação de informações neste sentido pela imprensa. "Teremos muito prazer em cooperar com o governo do Chile se for necessário", afirmou. Fontes próximas aos setores bancários na ex-colônia britânica disseram nesta quinta-feira que o HSBC estaria obrigado a abrir uma investigação se um juiz de Hong Kong receber uma comissão rogatória da Justiça chilena acompanhada de documentos probatórios. "Não existe conta bancária em nome de Augusto Pinochet e também não há um depósito de tesouros, mas a investigação pode continuar se tivermos novas evidências", reiterou o porta-voz do banco. "O governo chileno não entrou em contato conosco e soubemos pela imprensa das acusações. Em uma primeira verificação, não encontramos contas nesse nome", afirmou. Os jornais chilenos El Mercúrio e La Nación publicaram na quarta-feira que Pinochet tem depositados no HSBC 9 toneladas de ouro em lingotes, em um valor calculado em US$ 160 milhões, o que quintuplica os US$ 26 milhões que, segundo a investigação judicial, o ex-ditador acumulou em suas cotas secretas no exterior. Embora a "informação ainda não seja oficial, merece ser levada em conta nos tribunais", afirmou o chanceler chileno, Alejandro Foxley.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.